10 fevereiro 2014

Resenha: De repente, o amor







Série Wild Ride To Love - Livro 02


Autora: Susan Fox

Editora: Gente - Selo Única
Páginas: 364
Assunto: Romance erótico, Amor entre amigos, Viagem
Sinopse: Aos trinta e um anos, a sorte de Kat Fallon com os homens já se mostrou longe de ser algo positivo. Mas quando ela convida seu melhor amigo e vizinho Nav Bharani para ser seu par no casamento de sua irmã mais nova em Vancouver, ela não imagina que está para embarcar na maior surpresa de sua vida... 
Nav é apaixonado por Kat desde que ela se tornou sua vizinha, e quando ela diz para ele que adora viagens de trem, principalmente pela possibilidade de "conhecer" estranhos, Nav bola um plano para ganhar o coração de Kat. Em cada parada do trem durante a viagem ele aparecerá disfarçado como "um desconhecido sexy". Kat cai nesta brincadeira sensual, mas o que começa como uma simples diversão transforma-se em algo mais denso e Kat se vê em dúvida se permanece em suas fantasias sexuais de solteira ou investe no seu par perfeito. Sexy, divertido, intrigante... 
Susan Fox é um dos novos talentos da ficção erótica.








 Sem spoilers!






   Nav e Kat são amigos e vizinhos de apartamento há um bom tempo. A amizade se consolida de modo que Nav se torne o refúgio de Kat, e ela, o amor não correspondido dele. O que não se pode negar é que há uma forte atração entre ambos, que Kat prefere ignorar. Ela vive saindo com caras famosos e aparentemente sonhos de consumo de todas as mulheres, mas nenhum relacionamento seu dá certo, a ponto de ser criticada pela família por isso. Ele, indiano criado tradicionalmente, sabe que sua família quer coisas dele que ele não pode dar, pois sacrificaria sua felicidade, e morando no Canadá longe de tudo aquilo, mesmo apaixonado por Kat, é desacreditado e acaba tentando sair com outras mulheres, para ver se dá certo, o que faz com que Kat o veja como um namorador. Como se não bastasse, apesar de ser bem abastecido financeiramente e ter tido a oportunidade de se tornar um grande empresário na empresa de sua família, Nav prefere se tornar fotógrafo e viajar para longe, vivendo por conta própria e sem ligar muito para a aparência, o que faz com que Kat não preste tanta atenção nele, apesar de prestar atenção ao seu físico e muito mais à sua amizade. Diante do casamento de Merilee, assim como no primeiro livro da série De Repente, o Destino, Kat precisa viajar para perto da família e ajudar com o casamento. Para provar que está se dando bem nos relacionamentos e não ouvir os típicos comentários de sua família, resolve levar como acompanhante Nav, que diante de sua família seria mais que amigo. De frente a isso, ele tem uma ideia: durante a viagem dela, Nav e Kat se separariam, pois ele iria de avião. Mas isso é o que ela pensa, na verdade, ele planeja se disfarçar de outro homem, com quem Kat teria uma aventura casual no trem, e ao saber a verdade, tal fato abriria os olhos dela para ele. Ou seja, tenta conquistá-la. Mas o que fazer quando nela há um enorme medo de estragar a amizade dos dois?

    Quem viu minha resenha de De Repente, o Destino, sabe que a série conta histórias de amor de cada uma das irmãs Fallon, que acabam se passando em grande parte num meio de transporte. No caso de Theresa, protagonista do primeiro livro, o meio de transporte é o avião. No segundo, é a vez de Kat quebrar barreiras no trem. Ambos os livros possuem questões psicológicas sendo trabalhas de forma perceptíveis, acredito que deve ter relação com o fato de a autora ser formada em psicologia. Kat, em seus relacionamentos fracassados, sempre pensava que estava apaixonada, sentia a empolgação inicial, a euforia e a precipitação, para descobrir depois que não daria certo, ou ela se cansava do relacionamento, ou o outro se cansava. E antes da viagem, ainda pairava no ar um término recente. E lá vem aquele momento: não dá certo com ninguém? A frustração, o sentimento de que mesmo assim tentaria de novo, e a promessa para si mesma de que só se julgaria apaixonada depois de um mês com a pessoa. O que fazer quando no mesmo trem que pega encontra Pritam, um homem aparentemente de sucesso, muito parecido com seu amigo Nav, porém com sotaque, vestimentas e modos diferentes? O estranho que flerta com ela se mostra tão parecido e a amizade dela com Nav é tão intensa, que ela o reconhece. É Nav! Que lhe apresenta a proposta de um jogo, sedução no trem, mais que amizade, com ele como Pritam, depois daquilo, ao voltar, ele continuaria sendo seu amigo Nav, como se nada tivesse acontecido. O que ela não imagina é que o que ele mais quer é que as coisas, na verdade, melhorem. Ele quer conquistá-la, ter seu amor retribuído. Mas como convencê-la disso sem que ela venha com o "não vamos estragar nossa amizade"?

   Kat se machucou anteriormente, fez aquela promessa, e morre de medo de perder a amizade com Nav, que ela percebe ser seu melhor amigo, e que para ela, não possuía a aparência dos homens com que costumava sair, nem a mesma presença. Nav anda de barba, com roupas simples e é anti a cultura das aparências, o que sempre gerou discussão entre os dois. Além do fato de não ter tido tanto prestígio antes, até conseguir uma exposição importante de suas fotografias. Ao aparecer como Pritam, ele investe dinheiro para conquistar Kat: faz a barba e se rodeia de roupas caras, além de falar mais abertamente, indo ao assunto, diferentemente de quando agia somente como amigo com ela. Sem resistir, Kat se rende aos jogos e às fantasias sexuais que ocorrem durante a viagem de trem, mas se recusa a ir atrás de algo mais além da amizade. Tudo o que ela quer é que as coisas voltem ao normal ao voltar, pois para ela, ele é o tipo de cara que sai com várias sem ficar com nenhuma por muito tempo. O que faria com ela? Sim, ela ignora os esforços dele, como se ele tivesse feito tudo aquilo só por umas noites com ela... Confesso que em alguns momentos essa recusa a enxergar a verdade dela me incomodou um pouco, mas é compreensível. A personagem é bem construída, e há relatos do passado dela, da própria personalidade que justificam certa insegurança e demais fatores sobre ela. Assim como atitudes de Nav são justificadas. Há diálogos sobre sentimentos e passados até com outras pessoas do trem que ajudam a entender melhor as atitudes dos personagens. E o mais legal, vai além de Kat e Nav, chegamos a conhecer melhor até as irmãs Fallon.

    Se fala na atenção dos pais, sobre as cobranças e os projetos futuros. Tanto com Kat quanto com Nav. Ambos são amigos há um tempo e passam a compartilhar mais coisas durante a viagem, até mesmo indiretamente. Nav consegue contar muito sobre si enquanto encara outros personagens para Kat, e ela sabe que pode confiar nele, revelando fatos sobre si também. Também se fala no amor entre duas pessoas, que precisam ser mais que amantes, mas também amigos, parceiros para a vida toda. Talvez eu seja suspeita para falar, porque sou louca por um romance, principalmente nesses termos, em que o amor é forte e a afinidade faz dos dois amigos, mas De repente, o amor me encantou. O carinho, o clima, a dedicação que Nav tem por ela, o modo como ambos vão se descobrindo... Talvez soe cliché para alguns, mas para mim é lindo, é amor. Um amor que eu acredito que estava apenas adormecido, sendo despertado lentamente. Os jogos de sedução entre eles também é bem interessante, se em De repente, o destino, Damien nos surpreendeu, Nav não deixa barato, e afirma que como indiano, conhece o Kama Sutra. O modo como ele ama Kat, tanto na cama quanto fora dela, é de contemplação. Encantador. Você sente que ele quer vê-la feliz, do jeito que ela é. E as coisas vão além do romance doce e da amizade, sendo ainda mais quentes em alguns momentos. Tanto ele quanto ela sabem se provocar e as coisas realmente esquentam, numa trama em que a maior parte se passa dentro de um trem de viagem do Canadá. 




"- Pritam, o que você quer de mim?

  - Isso não é difícil de adivinhar. - Se ele tirasse uma das mãos dela de seu ombro e colocasse no colo, embaixo do guardanapo, ela saberia. - É com você, não de você. Quero saboreá-la. - A voz dele saiu rouca de desejo. - Sentir seu cheiro. Tocar você. Ouvir você gemer de prazer, fazer você gritar de êxtase.



   Fascinante como o primeiro volume da série, De repente, o amor nos faz conhecer melhor a família Fallon e ainda garante um passeio pela alma dos personagens, que aos meus olhos ficaram bem desenvolvidos como manda a escrita de Susan Fox. Eles realmente ganham vida, de tão desenvolvidos. Como eu disse antes, Nav é de origem indiana, de uma família tradicional. Então acabamos descobrindo mais sobre a cultura deles. Os pais de Nav queriam que tudo seguisse um rumo na vida dele, quase como se quisessem fazer as escolhas por ele, mas Nav não conseguiu viver daquela forma, precisou seguir seu próprio caminho. Além disso, sua mãe envia e-mails com propostas de noivas indianas a todo momento. Como ele e Kat seriam vistos? Também encontramos o bônus das profissões por aqui, como alguns detalhes das profissões dos disfarces de Nav e dos próprios personagens. Kat trabalha num hotel importante, em um bom cargo, e é mostrada a aptidão que ela possui para aquilo, como sempre teve. E achei super interessante tais fatores serem mostrados no primeiro e segundo livro. São pessoas fazendo aquilo de que gostam e sendo felizes e bem sucedidas apesar das turbulências. E, especialmente, pessoas que se gostam e se apoiam. Devo confessar que ao ler o primeiro livro pensei que não gostaria das irmãs de Kat, porque elas possuíam uma implicância até meio chata uma com a outra, mas depois as coisas se explicam, se acertam, e eu gostei de Kat. Ela tem seus defeitos e inseguranças, assim como suas irmãs, mas ao passo em que vamos lendo, vamos nos encantando cada vez mais e descobrindo nelas personagens incríveis. Um livro encantador, quente, repleto de sentimento e que promete te encantar. Leia! Leia e me conte.








Visite a fanpage da editora e fique por dentro das novidades.


Beijos açucarados





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentem à vontade, reflitam bastante, se divirtam e suspirem. Por favor, respeitem as seguintes regras:

-Os comentários devem se referir ao post em questão.

-Comentários que só contém divulgação de blogs estão proibidos. Se quiserem, comentem e deixem o link do blog no final. Sempre respeitando, o espaço alheio.

Muito obrigada e voltem sempre.

.
© Reflexão Literária - 2015. Todos os direitos reservados.
Criado por: Vivian Pitança.
Tecnologia do Blogger.