30 novembro 2014

Resenha: Lilac




   Olá. Eu não deveria estar escrevendo esta resenha. Deveria seguir o roteiro de postagens. Mas eu só preciso desabafar sobre este livro. Falar dele até que outras pessoas leiam e sintam o que eu senti. E vocês serão minhas vítimas.






Autora: Deise Müller

Editora: Literata
Páginas: 292
Assunto/ Categoria: Romance Sobrenatural, Romance, Erótico, Fantasia, Feiticeiros, Demônios, Recontagem de Lilith, Literatura Nacional.
A blogueira adverte: a sinopse a seguir pode conter spoilers se você quiser se prender ao que direi na resenha!
Sinopse: Lilin, uma súcubo ambiciosa, tenta aniquilar Lúcifer em como punição, é enviada a Terra e destituída de seus poderes. Transformada em feiticeira, Lilin assume vários consortes e começa um plano para reinar sobre os seis clãs dos feiticeiros. Meg cresceu acreditando ter herdado habilidades mágicas de sua tataravó feiticeira. Abandonada ainda bebê pela mãe, seu pai tenta fazer com que ela e sua irmã se interessem pela arte oculta, porém a última coisa que uma adolescente quer é aprender feitiços com sangue de galinha e adagas afiadas. Entretanto, quando Lauren, sua irmã, é assaltada e baleada, e Lucas seus ex-namorado, desaparece misteriosamente Meg se arrepende de não seguir os conselhos do pai. Meg retorna à cidade onde cresceu, para se afastar da dor do passado e da acusação nos olhos do pai. Seu passado, no entanto, não está disposto a deixá-la em paz. Craft, o suspeito inicial no desaparecimento de Lucas, acaba sendo o rei do clã Domovoi, o mais poderoso dos clãs, e sua única esperança de escapar de seu caçador, e da escuridão na qual seu coração se afundou. Mas quando sobreviver pode significar ser um receptáculo ambulante para um demônio que planeja destruir tudo o que você ama, e morrer significa destruir o coração daqueles que te amam, o que fazer? Um demônio banido… Uma linhagem condenada… E uma atração inevitável. O amor realmente supera tudo?






Quando você preenche inúmeras linhas e não consegue expressar tudo o que gostaria de dizer. 


   
      Meu coração está apertado. Mas por mais paradoxal que isso possa parecer, isso me deixa feliz. Porque encontrei outra paixão. Outro favorito. E outro na lista dos nacionais. Se você já visitou esse blog antes e me conhece minimamente, sabe que amo livros com magia, bruxaria e romances intensos, repletos de ação e aquele amor que faz a gente ter que parar para respirar fundo, só sentindo. Lilac mistura tudo isso. Como eu poderia não amar? E não se engane, já vi um número considerável de histórias do tipo. Não são todas que mexem comigo desse jeito. Lilac tem, além de tudo isso, algo que eu imploro para ver toda vez que abro um livro de romance: uma protagonista sem rodeios, determinada, que tem sua cota de tragédias mas vive, que em certo momento acaba usando aquilo para se tornar mais forte. E um "mocinho" - Craft é muito mais que apenas esse nome pode expressar - que tem uma personalidade forte, igualmente determinada, que o faz agir de um modo pelo qual é impossível não se apaixonar. Carinhoso sem ser grudento, que deseja respeitando, que protege sem subjugar e roubar toda a cena e muitas outras qualidades.

       Indo logo ao ponto, Lilac conta a história de Megan descobrindo uma série de verdades sobre si mesma e sobre a vida que não poderia imaginar nem em seus melhores sonhos. Eu poderia contar a história dela de antes do início do livro, de fato, mas quando li, evitei essa informação. Achei que não saber era melhor. E é. Então, não vou contar. Basta dizer que o passado de Megan traz uma marca, uma tragédia que causou sérios danos ao que sua vida é hoje. E isso é palpável. A história já começa com ela não querendo comemorar seu aniversário nem saber do ex-namorado, por causa dessa tragédia. Mas por insistência de sua prima, acaba aceitando sair para o Surrender, um ambiente que com certeza não é para "civis", com música eletrônica, bebidas e um ar que faísca uma saída para Meg. Um diferencial para a dor em que ela tem estado imersa. Ela chega e quer se divertir. Já recebemos pistas dos dons que Megan tem, como uma resistência alta ao álcool. E enquanto ela está pela pista, depois de alguns encontros não tão agradáveis, encontra Craft. Um homem alto, com uma camisa que permite ver toda a exuberância de seu físico. E o diferencial: um rosto de traços fortes, olhos quase brancos e cabelos na altura dos ombros, negros com mechas prata. E você lê isso e pensa: "é ele! é o cara da história!". Sim, você está certa quando pensa isso. Mas ainda não viu nada.

      Viu ainda menos quando as coisas esquentam entre eles e a noite acaba em sexo casual incrível. Com Craft exalando atitude, força e aquele toque, que faz as leitoras de romance soltarem aquelas risadinhas. Ele tem aquelas expressões safadas e faz acontecer nos momentos em que rola uma comunicação silenciosa entre um e outro. E o melhor: a atitude dos dois. É muito bom ver personagens adultos, que sabem o que querem e o que estão fazendo, irem ao ponto. Isso sim é o que muitos livros prometem e não cumprem: a diversão e atração antes do sentimento. Isso me convenceu. Fez com que eu me envolvesse mesmo na leitura. Soa como algo natural na medida em que um livro sobrenatural pode ser natural. Há muito contato físico sim, mas o sentimento é bem desenvolvido. Nos leva junto deles. E no decorrer da história, é maravilhoso descobrir mais de cada um. Craft também tem seus truques. É "O feiticeiro". E podemos dizer que Megan também é "A feiticeira". O lado sobrenatural do mundo deles é muito bem desenvolvido, explicado, não deixa brechas para o leitor, nem nenhum "e se". Ele influencia até nos momentos mais quentes, que não faltam nem deixam a desejar no livro, mas que podem incomodar os que preferem algo mais suave, recatado, com pudores. Lilac traz a mistura perfeita entre o realmente erótico, quente, o desejo e o amor. Com um toque super especial da magia de Craft e Meg.





       Na mesma noite, o ex-namorado de Meg, que tinha ido atrás dela depois dele mesmo ter terminado há bastante tempo (com o qual ela não quer mais nada), é sequestrado. E no dia seguinte ela descobre que o sequestro dele foi realizado com o propósito de afetá-la. E mais importante que isso, que tem a ver com a grave tragédia de seu passado. Craft a ajuda a se livrar dos sequestradores que querem assassiná-la. E entrando no mundo dele, Meg descobre a verdade sobre si mesma. Além do que já sabia e procurava negar. Sim, ela é uma feiticeira. Mas ao ser inserida neste mundo, vê que há outro diferencial com ela. Diferenciais positivos e negativos. E a história se inicia, girando ao redor dessas ameaças, da apresentação desse mundo e do relacionamento entre Meg e Craft, a cada vez mais intenso e romântico. E tudo o que acabei de dizer ainda não é suficiente para falar dignamente sobre esta história. O livro tem 291 páginas e a leitura é bem rápida, a escrita tem uma linguagem que fala diretamente com o leitor, de um modo envolvente, divertido, às vezes até engraçado. Se eu falasse mais para tentar expressar melhor o que quero dizer, acabaria dando spoilers.

       Em síntese, este livro contém altas doses de um enredo super envolvente, num mundo incrível, com personagens de personalidades forte, que farão com certeza com que você não só se apaixone, mas se vicie também. Meg é uma mulher que não se esconde atrás de rótulos ou pudores, faz o que seu coração manda e tem a sinceridade como outro de seus diferenciais, além de seus olhos lilases. Craft tem uma experiência... a atitude, o carinho e a sedução que correspondem perfeitamente a isso. E que fazem com que as leitoras se apaixonem por sua intensidade. Os dois juntos, com todo esse mundo muito bem estruturado, com clãs, ensinos de feitiços, leis e etc, fazem com que este livro vá além de adjetivos que expressem perfeição. Sem falar nos outros personagens, como o irmão de Craft, Delion, que com certeza te fará dar muuuuitas risadas. E uma outra personagem totalmente fofa, amável e ♥, sobre a qual não posso falar para não dar spoilers. E outros. O livro traz, em meio a toda essa avalanche de acontecimentos, o sentimento de se estar em família. No amor de uma família. Traz a máxima que eu não cansarei nunca de ver: sobre como o amor transforma o pior que há em nós. Nos faz desapegar de inseguranças, desconfianças, medos, traumas, pesadelos... para simplesmente sermos felizes, mais fortes, e arriscarmos tudo o que pudermos em prol daqueles que amamos. Além disso, ler Lilac te transporta a uma dimensão de poder. Você vive o amor, vive a magia. Vê seu coração totalmente entregue a todas as dimensões dessa história, na angústia, na alegria, no amor, no poder. Você se sente uma completa Domovoi.

   E sobre o final deste livro, que acabo de vivenciar:



Melhor! "I need to read the next!" Eu preciso ler o próximo! Falei, falei, falei, e sinto que continuo sem palavras. Não consegui colocar em palavras tudo que senti nesta leitura. Nem se soltasse spoilers conseguiria. É um sentimento único. Por isso, leia! Leia e sinta por si mesmo, se essa resenha corresponde ao tipo de livro que você buscava ao lê-la.








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"Quando ele terminou, e saiu de dentro de mim, rolou na cama, deitando de costas e me arrastando para o peito dele. Nós apenas ficamos ali, abraçados e nos acariciando em silêncio. No Surrender, eu imaginei que não haveria nada mais íntimo que aquilo fizemos, mas eu estava errada... Isso que estamos fazendo agora... isso sim é intimidade."





"Eu faço amor com você desde que te vi pela primeira vez."




         






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