06 março 2015

Resenha: O Inquisidor




Olá! Tudo bem com vocês? Comigo tudo também. Só ando ansiosa pelo início das minhas aulas e correndo por aí para resolver um monte de coisas sobre matrícula e etc. O que reduziu o meu tempo para postar no blog, mas estou me esforçando bastante para deixar tudo em dia por aqui. Vamos a resenha de um dos livros mais pedidos por vocês no post dos lançamentos de fevereiro, do Grupo Editorial Record!



Autor: Mark Allen Smith
Editora: Editora Record - Grupo Editorial Record
Assunto/ Categoria: Thriller, Ficção Americana, Ação
Páginas: 416
Sinopse: O Inquisidor - A verdade pode ser a pior tortura.
Geiger tem um dom: ele sabe quando alguém está mentindo. Na função que exerce, a chamada “obtenção de informações”, Geiger utiliza sua valiosa habilidade e vários métodos psicológicos que levam suas vítimas a um ponto em que o medo supera a dor. Assim que atingem esse ponto, elas não têm mais como resistir. Uma das únicas regras seguidas pelo torturador é não trabalhar com crianças. Quando seu sócio, o ex-jornalista Harry Boddicker, lhe traz um novo cliente que exige que ele interrogue um menino de doze anos, sua resposta é “não”. Mas quando o cliente ameaça levar o menino para Dalton, um torturador sem regras, famoso por matar seus interrogados, Geiger, cujo passado é um mistério até para ele mesmo, é surpreendido por um sentimento estranho de proteção e foge com o menino na tentativa de salvar sua vida. Enquanto Geiger e Harry investigam por que o cliente está tão desesperado para descobrir o segredo guardado pelo garoto, eles se veem caçados por um adversário cruel. E é no meio dessa caçada implacável que o passado misterioso e sinistro de Geiger vem à tona.





O Inquisidor



O Inquisidor é um livro que chama a atenção pela sua premissa original: um torturador profissional com código de ética que resolver fazer algo considerado uma insanidade - salvar uma criança das mãos de caras perigosos. Geiger, o torturador, não se lembra de seu passado, e ao leitor é dado alguns flashes de como ele chegou até onde chegou, apesar de eu não sentir uma explicação completa - fiquei com a sensação de que faltou algo. Mas o que importa é que ele é muito bom no que faz. Eu diria que o melhor da área - sim, há outros. Por isso, ficou conhecido por alguns como "O Inquisidor". Se o nome causar alguma dúvida, vai aí uma breve explicação: lembre-se da Santa Inquisição, um setor da Igreja lá de outros séculos que torturavam os acusados de bruxaria ou de heresia, para obter confissões e redenção à religião. A ideia que isso passa para mim é, além de óbvio repúdio, o pensamento de ser péssimo viver naquele tempo, perto deles, perto da restrição. E a imaginação da tortura é ainda pior. A questão é, Geiger não tem uma boa reputação, e diante disso, o protagonista teria tudo para ser o vilão. Até você se ver torcendo para ele arrebentar outras pessoas.




Ainda na questão histórica, achei muito interessante a alusão que o autor faz a essa parte. Como mostra que a tortura é algo antigo, sem origem certa. Assim como fala sobre alguns meios arcaicos, e compara com o que Geiger usa. Geiger faz uma tortura muito mais psicológica com as pessoas. A dor não é tão necessária se não for para entrar na mente. Para dar uma ideia, artifícios como sons diversos, pressão pontual e - pasmem! - até acupuntura são utilizados por ele. Isso é um ponto a mais para quem procura uma leitura diferente. Mas essa parte do livro é introdutória, esse "falar sobre a tortura e sobre o que Geiger faz". E também um pouco sobre ele. O que intriga é que um cara que seja pago para causar dor nas pessoas, faça questão de ter pouco contato humano, não tenha amigos normais, de fato, além do contato com seu parceiro Harry, tenha um código que restrinja as pessoas com que trabalha e se consulte com um psiquiatra. As restrições são: nada de crianças, cardíacos ou maiores de 72 anos.




O problema é quando um cliente diz levar um paciente aceitável e leva um garoto de 12 anos, Ezra para ser torturado por Geiger. Diz que se ele não fizer, o levará a outro torturador de quem ouvimos falar no livro, que costuma usar meios mais antigos e sangrentos. Geiger também se destaca em seu trabalho, porque sabe ler as pessoas. Sabe quando alguém mente ou não. Então ele percebe que o cliente está mentindo. Não é algo sobre artes, apenas como diz. É algo maior. E sua decisão é fugir com o garoto, salvando-o. E para isso, precisa saber a verdade sobre o que Hall, o cliente, está procurando. Quando percebemos, tudo vira uma bola de neve. Pensar em trabalhar como torturador de novo parece impossível para Geiger. Seu parceiro, Harry, acaba se envolvendo com sua irmã esquizofrênica e sofrendo as consequências da história. E todos precisam se preocupar apenas com uma coisa: resolver a situação e sobreviver. Não que os capangas que correm atrás deles na maior parte do livro sejam muito ameaçadores, mas... Ninguém merece viver com qualquer ameaça sobre si, não é?




Aí é que entram duas questões válidas de se comentar nesta resenha. A primeira, os capangas são um tanto atrapalhados. Não é revelado para quem trabalham de cara, somente depois. E o que posso dizer é que são três homens atrás deles. Não lutam tão bem, só andam armados determinados a descobrir onde o pai do garoto raptado está e a capturar o que ele pegou. Utilizando o que for possível para fazer com que Geiger, Harry e todos os envolvidos falem. A diferença entre Geiger e os tais capangas é absurda. Ele é muito mais esperto e resistente. Até seu assistente consegue se sobressair a eles. E você realmente pensa que se eles não tivessem armas e influência com quem os contratou, não seriam nada. Perseguem os personagens e tudo, mas não são tão bons. Na verdade, são enganados grande parte do livro. O que é bom e também é ruim. Bom porque você de qualquer forma passa a torcer pelo time que quer resolver tudo e salvar a criança. Ruim porque a ação e a emoção do livro ficam no "poderia ser melhor". O escritor roteirista tem a escrita marcada por isso. Ele insere situações que te deixam tipo "por que ele está narrando algo tão inútil?", e explica depois, que aquilo foi para criar outra coisa, justificar outra no futuro. Mas essas descrições e os momentos parados, quebraram um pouco a ação. Além disso, achei que a premissa principal demorou a começar - só depois da página 100 o tal cliente aparece. E isso me decepcionou um pouco. Gostaria de ver mais ação e inteligência dos personagens. Um jogo maior. Por isso acho que poderia ter sido melhor.

A segunda coisa a se comentar é que gostei dos momentos de Geiger no psiquiatra e a revelação de seu passado. Ele tem enxaquecas fortíssimas. E depois de momentos de muita dor, as lembranças vêm à sua mente. E nós descobrimos junto dele quem ele era e o que se tornou, e por que. E por isso chegamos a entendê-lo melhor, com sua política de trabalho. E até o afeto que nutre por poucos, que o acompanham durante a trama. Essas justificativas foram boas, no geral. Até o final envolve algo assim. Mas da mesma forma que as descobertas sobre Geiger, fica um pouco incompleto, meio "o leitor deduz". Num nível bom, porque um livro desses entregar tudo de bandeja também não é bom. É legal fazer o leitor pensar. Refletindo sobre tudo isso, é um livro bom para quem procura uma leitura diferente. Mas que na minha opinião poderia ser melhor. Ter mais ação. Ele nos mostra que antes de atirar pedras à imagem de alguém mal, vale pensar no seu passado e na sua vida. Como no caso de Geiger. O Inquisidor te traz essa pequena loucura, te faz torcer por um torturador, na hora em que ele decide fazer a coisa certa.


3 Estrelas





23 comentários:

  1. Eu ainda não li esse livro, mas ele me deixou bastante ansioso para lê-lo, por causa do seu enredo diferenciado! Ele é "pesado", porque envolve um torturador, mas isso não tira minha vontade de ler. Já vi algumas resenhas desse livro, a maioria delas falam que a leitura é cansativa e que contem coisas mal explicadas. Por conta disso, fiquei em dúvida se vale mesmo comprar ele ou não :/ Eu gostei tanto por ter esse tema quanto por envolver um elemento que eu aprecio muito em um livro: Mistério!

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  2. Bem, não é um dos meus estilos favoritos e particularmente, fujo de histórias pesadas demais..e este livro carrega dor demais nele..Pelo que li acima, é complicado não sentir as dores, a aflição e até o desespero de quem pratica a tortura, como de quem a recebe.
    Não sei se realmente leria um livro assim, até porque espionagem e passado complicado também não seja algo que aprecie demais.
    Veremos...
    Beijo

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  3. Fiquei curiosa pra ler essa historia pesada. Acho que livros assim sempre provocam reflexão sobre certo assunto.
    Gostei do garoto ser protegido pelo torturador, aquele deveria obter certas informações torturando-o.

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  4. Que legal! Adorei a premissa! Bastou ela para que eu ficasse curioso sobre o livro *-*

    Eu não conhecia o mesmo, e apesar de você tê-lo classificado com 3 estrelas, ele continua na listinha! ><

    Abs! Adorei a resenha ^^

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  5. Até os torturadores precisam ter um código de ética! Não li ainda, e pelo visto ele é bem denso. Vou dar uma olhada.
    Bjs, Rose

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  6. Sinceramente, não curto muito esse tipo de leitura, livros pesados ou com temas fortes sempre me dão um sensação ruim quando leio, por isso prefiro evitá-lo. Apesar de gostar de livros mais leves, não gosto quando o mocinho ganha facilmente, ele tem que enfrentar momentos difíceis ou a leitura se torna maio sem graça!

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  7. Vivian!
    Livros escritos por roteiristas geralmente são mais prolixos nas explicações, porque acredito que escrevam pensando em um filme, eu acho.
    Gostei muito porque aborda aspectos psicológicos de Geiser, porque ele é assim e tal, livro assim, que analisam a personalidade das personagens, sempre me atraem.
    Sem contar que fiquei curiosa porque querem matar o menino.
    Gostaria de ler.
    “A mulher é um efeito deslumbrante da natureza.”
    Feliz dia da mulher!
    Cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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  8. Nossa eu tbm tenho um dom de saber quem esta mentindoo kkkkkk eu sei so de ouvir a pessoa falar ate msm por carta ou e-mail eu ja descubro que é mentira sei la mais algo me diz que é mentira hahahah esse livro deve ser bem instigante, mto complexo tbm, tem jeito de ser bom, só nao entendi um pouco algumas partes na resenha, mais ja quero mto leer.. bjos

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  9. Eu realmente não tenho interesse pelo livro. Concordo que a premissa dele é bem intrigante, mas não consigo achar tão interessante assim. É quase como se eu simplesmente não tivesse simpatizado com o livro à primeira vista rçrç

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  10. Oii
    Eu gosto bastante desse gênero, ação, mistério, suspense, psicopatia... leio bastante, mas é como você falou, a trama tem que ser bem construída e ter muita ação. Gosto de tramas bem intrincadas e que me surpreendam, senti que esse livro tem um ritmo mais lento. Talvez não leia por isso. Mas gostei da ideia de um torturador mudar o rumo da sua vida com uma boa ação. É um enredo legal.
    Beijos

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  11. Ei Vivian!
    Q livro intrigante!
    Super faz meu estilo e me interessei muito pelo enredo!
    Parece uma leitura misteriosa q t faz querer ler rápido p saber o final!
    Bjos!!
    Aline Praça
    www.leituravipblog.com

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  12. Oiee
    Devi ser mesmo uma leitura ótima.
    Gostei do enredo de suspense e espero ter a chance de ler um dia

    Beijos
    http://www.amorliterario.com

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  13. Olá!
    Segunda resenha que leio sobre o livro e a nota não foi das melhores.
    Achei a premissa bastante interessante e fiquei curiosa com a história, só não sei se leria no momento, talvez futuramente...
    Ótima resenha!
    Beijos

    Li
    literalizandosonhos.blogspot.com.br

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  14. Oi Vivian, tudo bem?
    Achei a capa desse livro bem instigante e a premissa dele é também bem interessante.
    Gosto muito de Thrillers então me interessei bastante por esse livro.
    Concordo com você sobre o fato de não ser legal o livro entregar tudo facilmente e não nos instigar a pensar, acho o fato de a gente quebrar a cabeça a coisa mais legal nos thrillers.

    Beijo :*
    http://www.livrosesonhos.com/

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  15. Oie, tudo bom?
    A premissa do livro é extremamente interessante, mas é uma pena que a trama pecou pela falta de ação. Eu gosto de livros assim, mas não leria com tantas expectativas por conta dos aspectos negativos que você citou na resenha.
    Beijos,
    http://livrosyviagens.blogspot.com.br/

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  16. Oi, tudo bem?
    O livro parece interessante, embora não saiba se leria. Pena que o autor pecou um pouco, e te agradou muito. é ruim quanto terminamos um livro com a sensação de que faltou algo
    beijos
    http://meumundinhoficticio.blogspot.com.br/

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  17. Oi!
    Fiquei bem curiosa com o livro. Me lembrou *de leve* o filme xeque mate, em que um dos melhores matadores de aluguel da cidade não consegue matar uma criança, e passa a cuidar dela. ´
    Uma pena que os capangas tenham incomodado tanto! Realmente, apesar de achar engraçado, capangas atrapalhados não combinam muito com enredos de suspense, né?
    Beijos,
    Deia!
    Own mine

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  18. Oi Vivian.
    Esses enredos que enrolam pra chegar no ponto principal me irritam, não gosto de descrições desnecessárias, fico com a impressão que o autor tá preocupado em aumentar o número de páginas.
    A premissa não despertou meu interesse e suas ressalvas colaboraram pra que o livro não entre para as leituras prioritárias.

    Beijos.
    Leituras da Paty

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  19. Oi Vivinha, tudo bem?

    Você sabe que esse livro não é muito o meu estilo, certo? Mas tenho que dizer que a premissa parece ser original... a ideia de um torturador que quer salvar uma criança... legal =)

    beijos
    Kel
    www.porumaboaleitura.com.br

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  20. Olá tudo bem??
    Bom eu li toda a sua resenha, mas devo confessar que me senti cansada... essa é uma leitura totalmente diferente... mas eu não leria esse livro... a premissa não chamou a minha atenção e eu achei a história bem arrasada na verdade.... bom acho que pra quem procura algo diferente esse é o livro... Xero!!

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  21. Olá, tudo bem?

    O livro não é muito o meu estilo literário, então acredito que não vou ler! Mas achei super interessante o comentário que você fez sobre descobrirmos junto com o personagem as lembranças do seu passado!
    Beijos,

    Mari
    cantinhodeleituradamari.blogspot.com.br

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  22. Eu esperava mais, três estrelas não me parece muito bom, tinha grandes expectativas =/.
    Eu sou meio fascinada por história, então, conheço, em tese, algumas técnicas de tortura, a física parece ruim, mas eu, sinceramente, considero a psicológica pior.
    Eu não desisti de ler o livro, nem de longe, só o fato dele ser diferente já seria quase que um atrativo bom o suficiente, só quebrou um pouco da minha empolgação =P.
    A tortura ainda existe, ela só mudou de nome e tem novos meios de atuação, talvez seja mais camuflada também, mas o tema é tão real quanto qualquer romance...

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  23. Sinceramente, mesmo a capa sendo chamativa e o enredo tendo seus atributos, eu não curti, parece que a leitura é bem cansativa, se eu lesse O Inquisidor, não iria gostar mesmo, sei lá, mas alguns pontos descritos, não me fizeram ficar interessada, mesmo sendo curioso o enredo, não me animei para ler.

    www.daimaginacaoaescrita.com

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