15 maio 2015

Resenha: Fingindo




Resenha de um dos meus queridinhos de abril, que ajudou a matar a saudade de entrar de cabeça num romance depois de tanto trabalho.


Autora: Cora Carmack

Editora: Novo Conceito

Assunto/ Categoria: Romance, Humor, Erotismo, Drama, New Adult
Páginas: 336
Sinopse: Por quanto tempo você consegue prender alguém? Meu nome é Cade Winston. Aluno de mestrado em belas-artes, voluntário, abraçador de mães e seu namorado pelas próximas vinte e quatro horas. Prazer em conhecê-la. Com seus cabelos coloridos, tatuagens e um namorado que combina com tudo isso, Max tem exatamente o estilo que seus pais mais desprezam... E eles nem sonham que a filha vive assim. Ela fica em apuros quando seus pais a visitam na faculdade e exigem conhecer o futuro genro. A solução que Max encontra para não ser desmascarada é pedir para um desconhecido se passar por seu namorado. Para Cade, a proposta veio em boa hora: é a chance que ele esperava para acabar com a sua fama de bom moço, que até hoje só serviu para atrapalhar sua vida.
Um faz de conta com data marcada para terminar... E um casal por quem a gente vai adorar torcer. Fingindo vai seduzir você.



Quero tatuagens!


Começando a resenha fora de um estilo formal e deixando meu coração falar: esse livro é um amorzinho! Antes dele acho que li romances que eram bastante "mais do mesmo", de alguma forma. Que não preenchiam aquele espaço dentro da gente. Tem livros que lemos que aquecem o coração, parece que tampam um buraco que temos no peito e dão a sensação de alegria e alívio. Outros só são lidos, e por mais que seja possível gostar deles, nós sabemos que eles não causam o efeito desses livros especiais. Fingindo é um livro da ordem especial. Ele aquece o coração. Mesmo que eu tenha lido sem ler o primeiro, de outros personagens, foi uma leitura totalmente satisfatória. E talvez tenha sido até melhor ler o segundo antes, por conhecer personagens já tão diferentes. Agora só me resta ler o primeiro o mais rápido possível.


O que dá vida a este livro são os personagens. Como bom romance, o sentimento é o que leva a história. E como o tipo de romance que eu amo, os personagens são reais. Você sente que eles são humanos, que possuem problemas como você. E o mais legal: superam isso criando personalidade. Essa é uma grande chave que faz toda a diferença no gênero. E para mim a leitura foi ainda melhor, porque criei empatia pelas personalidades deles. O cara se chama Cade. Ele é o melhor amigo da protagonista do primeiro livro, onde ela encontra seu par romântico em outro homem. O problema? Cade era apaixonado por ela e se vê perdido por esse amor não correspondido. A nossa dama sexy se chama Max, e ela é, digam Amém, totalmente diferente do padrão de mocinha legal versus mocinha fatal. Ela é humana, não é nenhum extremo de mulher. Max tenta fugir do estereótipo de moça perfeita, mas você percebe que ela não é a fatal super amargurada. É, sim, independente. Vive em busca da liberdade. Não se prende a machismos e seria facilmente perseguida pela "família tradicional brasileira" - hehe... Max é música, é dança, é poesia, é tatuagens lindas (em abril dois livros reforçaram meu desejo por tatuagens, e Fingindo foi um deles), é trauma, é coragem, é defeito, é problema, mas também é superação.


Mesmo que Maz seja perfeita para mim como leitora, ela não é como filha para seus pais, que querem o ideal de boa moça, estudiosa, loira, clássica e etc. Da mesma forma que Cade, embora perfeito para mim, não seja para a mocinha do primeiro livro. Essa imperfeição e o sentimento de incompatibilidade com a vida, faz com que ambos se vejam, por alguns momentos, "fingindo". Acontece tudo de forma engraçada, o que já marca o recorrente humor sagaz do livro, quando numa cafeteria, Max manda o atual namorado (que eu sei que você vai odiar) embora e procura se camuflar, para parecer a boa moça que os pais esperam. Dando um panorama melhor, quando os pais chegam, até as tatuagens são escondidas. O problema de quando seus pais estão a caminho é que sabem que ela está com o namorado. Mas como ela pode apresentar o cara com tatuagens mórbidas na pele para os pais "tradicionais"? Depois de mandar o namorado embora, a loucura vem à tona e Max convence Cade, que estava casualmente na cafeteria, a fingir ser seu namorado. A questão se estende e o acordo é que ele passa a ser o namorado de mentira por mais que esse curto tempo, para manter a imagem diante de seus pais.


O romance começa aí. No jogo suave, que já constitui um flerte de fingir um namoro. E na amizade que vem de terem que interagir entre si. Como eu disse, isso é fantástico, porque ambos possuem características que causam empatia. Foi uma leitura maravilhosa, porque consegui realmente entrar e acreditar nela. E no final, saí amando esse casal. Além disso, o livro ressalta bem esse lado "alternativo". De Max como música e dançarina (há até composições dela durante a história ♥) e de Cade como estudante de Belas Artes, teatro. Essa aura poética, artística, expressiva até nas tatuagens, permeia a história. Eu amo esse universo, então a leitura foi perfeita. Mas ainda fica melhor, porque o mais legal é a crítica a ter que fingir ser algo que você não é para agradar os outros. A crítica a você não ser, a seguir o fluxo imposto sem parar para refletir sobre o que você ama e precisa. E como o amor desconstrói tudo isso, fazendo com que eles descubram a si mesmos e tenham coragem de serem. Coragem de vencerem tudo aquilo que lhes restringe. É lindo! E eu morri de amores, verdadeiramente. Super recomendado!

5 Estrelas

Um comentário:

  1. Ah que legal, ganhei este livro, mas ainda não li e já estou aflita ainda mais depois dessa sua resenha, primeiramente eu achei que você ia falar que Max era sonsa, sério. Mas daí não e eu amei saber que ela é forte, decidida e independente. E cá entre nós, durante este namoro de mentira ela se apaixona por ele né?!

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